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Cefaleia

Cefaleia

Cefaléia  são os termos médicos para dor de cabeça. É um dos sintomas mais comuns na medicina. É uma das queixas mais frequentes de consultas a clínicospediatras e neurologistas,  A cefaléia é um sintoma universal no ser humano.

Estima-se que 93% dos homens e 99% das mulheres terão algum tipo de dor de cabeça ao longo da vida; e que 76% do sexo feminino e 57% do masculino tenham pelo menos um episódio de dor de cabeça por mês.

Dores de cabeça são amplamente classificadas como "primárias" ou "secundárias".[3]As cefaléias primárias são dores de cabeça benignas e recorrentes, não causadas por doenças subjacentes ou problemas estruturais

As cefaléias secundárias são causadas por uma doença subjacente, como uma infecçãotraumatismo cranianodistúrbios vasculareshemorragia cerebral ou tumores.

 

As Cefaléias Primárias (exemplo as enxaquecas, cefaléias tensionais, cefaléia em salva), são diagnosticadas clinicamente, através da Anamnese e Exame Físico geral e neurológico, absolutamente normais, não sendo necessário investigação através de exames, fazendo-se mister o diagnóstico diferencial entre ambas.

 

Nas Cefaléias secundarias existem SINAIS DE ALERTA (RED FLAGS)

 

Os principais sinais de alerta para distinguir as cefaléias secundárias das cefaléias primárias, residem nas características da dor de cabeça, e em outros sinais e sintomas que ocorrem ao mesmo tempo, coletados na anamnese, associados ao exame físico. São eles:

  • Primeira crise, dor com início repentino, abrupto, sem febre, caracterizadas como “a pior dor da vida”;

  • Mudança no padrão de dores de cabeça, nos pacientes que apresentam cefaléia recorrentes, há um histórico de dor de cabeça anterior, mas com alteração na frequência da crise, gravidade ou características clínicas;

  • Dor de cabeça começando em idades incomuns, menores de 5 anos, e maiores de 50 anos de idade;

  • Sintomas sistêmicos (febre, perda de peso) ou fatores de risco secundários (HIV, câncer gravidez);

  • Cefaléias novas, antecedentes de viroses, dengue, chicungunya, zika.

  • Início da dor de cabeça associadas a síncope, esforços, atividade sexual ou manobras de Valsava;

  • Cefaléia que acorda o paciente;

  • Sintomas neurológicos ou sinais anormais (confusão, deterioração do estado de alerta ou consciência), com sinais de irritação meníngea, Babinski, fundo de olho com Papiledema;

  • Dor ocular (hiperemia, midríase, nos pacientes com glaucoma);

 

Investigação Cefaléia Secundaria

 

Em pacientes com dor de cabeça com uma ou mais "bandeiras vermelhas", um estudo de diagnóstico é indicado, e serão selecionados de acordo com a história e os achados ao exame físico do paciente. Incluímos os exames de sangue, estudos de neuroimagem e exames de líquido cefalorraquidiano:

  • Exames laboratoriais: (Hemograma, VHS, PCR) devem ser realizados em todos os pacientes com dor de cabeça, especialmente quando se suspeita de uma condição infecciosa ou inflamatória (exemplo, pacientes acima de 50 anos, com dor em território da artéria temporal).

  • Exames de imagens, a tomografia computadorizada (TC) é o estudo de imagem preferido, usada para descartar hemorragia, tumores, enquanto a maioria dos pacientes devem realizar ressonância magnética, seguida de angiografia artéria e/ou venosa, por tomografia/ressonância se a doença dos vasos cerebrais for a suspeita (como aneurismas, dissecção arterial, trombose venosa cerebral).

  • Exames de líquor, através de punção lombar, podem ajudar a diagnosticar hemorragia subaracnoidea, infecção, e distúrbios relacionados à hipertensão ou hipotensão liquórica.

 

Tratamentos

Muitos esquemas terapêuticos podem ser administrados havendo espaço para alta maleabilidade, repetição e associações de drogas. A escolha deve depender de opções individuais, da intensidade da dor, da disponibilidade, da tolerância e das contra-indicações específicas para cada paciente, não havendo regras definitivas. Muito se discute atualmente se o tratamento sintomático deve ser passo a passo, utilizando drogas progressivamente mais potentes, ou se deve ser estratificado, optando-se em cada paciente pela droga mais adequada conforme a intensidade e o pico de desenvolvimento da dor. A tendência atual tem sido por esta segunda opção. Também pode haver até exigência de hospitalização para hidratação endovenosa se o paciente estiver muito prostrado como costuma acontecer no estado de mal enxaquecoso.

 

Medicamentos Disponíveis fase aguda

Antieméticos

Analgésicos Comuns 

Antiinflamatórios Não hormonais

Corticoides.

Ergotamínicos 

Triptanos

Neurolépticos

 

Medicamentos Disponíveis fase cronica (preventivos)

As drogas mais utilizadas são os beta-bloqueadores,os antidepressivos tricíclicos  e os anticonvulsivantes. Os antidepressivos inibidores seletivos de recaptação de serotonina, embora inferiores, são úteis em alguns pacientes e podem ser opção para pacientes que falharam com tratamentos de primeira linha ou não elegíveis para uso de outras medicações. Pode-se inicialmente tratar os pacientes por 4 a 6 meses, mas tempos maiores, de 1 a 2 anos, podem ser necessários, sobretudo em pacientes com Cefaleia crônica diária.

Prevenção da Cefaleia em Salvas

Independente do tratamento indicado, a utilização de corticoterapia nas primeiras duas a três semanas é útil, pois seu efeito é mais precoce que as demais medicações. A droga mais utilizada como primeira opção anti hipertensivo bloqueador de cálcio. Outras opções incluem anti convulsionantes outras drogas derivado do fungus ergot são utilizadas porem tem seu uso limitado pelo potencial risco de fibrose cardíaca, pulmonar e retroperitoneal no uso prolongado. Nos casos crônicos (mais de 6 meses de dor com períodos de acalmia inferiores a 2 semanas) uma boa opção é estabilizadores do humor.

Prevenção das Dores Neurálgicas

Diferentemente das demais dores mencionadas, as dores neurálgicas são cefaleias secundárias, pois relacionam-se a neuropatias. Após uma adequada investigação que se mostre negativa, pacientes com dor neurálgica (em choque, lancinante, fisgada, com pontos gatilho) no território do nervo trigêmeo recebem o diagnóstico de neuralgia ESSENCIAL do trigêmeo. O tratamento desta doença é eminentemente o controle da dor. O tratamento das dores neurálgicas tem como primeira alternativa a utilização de anticonvulsivantes . Outras alternativas incluem a utilização de neurolépticos  e até mesmo opções cirúrgicas (neurólise por balão ou por radiofrequência).

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