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Fraturas Vertebrais

Fraturas Vertebrais

Fraturas vertebrais por compressão decorrente de osteoporose são comuns na coluna torácica (geralmente abaixo da T6) e na coluna lombar, em particular perto T12-L1. O arcabuz torácico  oferece certa estabilidade  e não permite extensa flexão, oferecendo uma proteção inerente à região. A medida que descemos no eixo da coluna dorsal baixa e lombar aumentamos o movimento local, assim como a incidência axial do peso corporal suportado pelos corpos vertebrais.

   Pode não haver história de trauma, ou apenas trauma mínimo (p. ex., pequena queda, flexão súbita, elevação, tosse). Pacientes com fratura vertebral osteoporóticas têm maior risco de outras fraturas vertebrais e não vertebrais, também em casos extremos, pequenos traumas como solavancos no ônibus, carros ou embarcações no mar podem fraturar localmente vertebras comprometidas (fragilizadas).

Em outros casos e ocasionalmente, a fratura de compressão ou outras fraturas vertebrais são resultado de uma força significativa (p. ex., acidente de trânsito, queda de altura, ferida por arma de fogo.

Sinais e sintomas

As fraturas vertebrais por osteoporose são assintomáticas (quando preservado o canal vertebral) ou só causam perda da altura ou cifose em cerca de dois terços dos pacientes. Em outros pacientes, a dor pode aparecer imediatamente ou mais tarde. Pode irradiar ao braço ou abdômen. Dor, fraqueza e anomalias dos reflexos radiculares ou esfinterianas são incomuns, esta sintomatologia se faz presente ao existir comprometimento do canal medular, nestes casos devemos procurar com urgências um estabelecimento medico. Caso a única sintomatologia seja dor, possivelmente desaparecera aproximadamente depois de 12 semanas.

As fraturas por compressão vertebral sem osteoporose causam dor aguda, sensibilidade óssea no local da fratura e, geralmente, espasmo muscular.

Diagnóstico

  • Radiografia

Em geral, as fraturas por osteoporose são diagnosticadas por radiografia. Os resultados normalmente são

  • Perda da altura vertebral (particularmente > 6 cm ou mais da metade da altura do corpo vertebral)

  • Radiodensidade diminuída

  • Perda da estrutura trabecular

  • Formações em cunha anteriores

A RNM nos permite avaliar a integridade da parede posterior do corpo vertebral com maior acurácia, 

Tratamento

  • Analgésicos

  • Mobilização precoce (sempre que indicado) e fisioterapia, 

O tratamento das fraturas vertebrais focaliza o alívio da dor, a estabilidade regional e a mobilização precoce, assim como o restabelecimento da própria fratura. A retomada rápida das atividades normais ajuda a limitar o agravamento da perda óssea e melhora na recuperação da massa muscular deteriorada pelo desuso 

Os fisioterapeutas podem ajudar ensinando técnicas de levantamento corretas e prescrevendo exercícios para fortalecer os músculos paravertebrais, mas a terapia pode ter de ser adiada até a dor estar controlada.

Osteoporose, se presente, deve ser tratada (p. ex., com bifosfonatos). A calcitonina também ser utilizada e ajuda a aliviar a dor e aumentar a densidade óssea.

Costuma-se prescrever órteses (coletes), mas sua eficácia não está clara.

Em alguns casos, a vertebroplastia, às vezes precedida de cifoplastia, pode aliviar dor grave. Na vertebroplastia, metilmetacrilato é injetado no corpo vertebral. Na cifoplastia, o corpo vertebral é expandido com um balão.

Esses procedimentos podem reduzir a deformidade na vértebra injetada, mas não reduzem e podem até aumentar o risco de fraturas nas vértebras adjacentes. Outros riscos podem incluir fraturas nos arcos costais, vazamento do cimento, edema pulmonar ou infarto do miocárdio.

Se as fraturas forem resultantes de trauma importante, a coluna vertebral é imobilizada e fazer TC ou RM imediata para avaliar a estabilidade das fraturas. Lesões da medula espinhal, se presentes, são tratadas imediatamente, com tratamento de suporte (p. ex., analgésicos , imobilização precoce) e procedimentos cirúrgicos, quando indicados.

Nos casos de fraturas instáveis devemos  avaliar a necessidade de procedimentos cirúrgicos com intuito estabilizar a região comprometida,  porem sempre devemos ter em conta as vertebras subjacentes que   também podem estar comprometidas,  estando a fixação   limitada ou comprometida, sendo  necessário, em alguns casos estender o procedimento tornando-o mais cruento para o paciente.

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